sábado, 13 de março de 2010

Salve Chico Science!


Lembro como se fosse hoje, o CD de Chico Science e Nação Zumbí que comprei aos 16 anos. Afrociberdelia, com capa em acrílico laranja, arte pop, sonoridade totalmente diferente de tudo o que eu já tinha ouvido!
Eu, adolescente em Petrolina, na época muito mais preocupado com as espinhas no rosto, a magreza que rendia inúmeros apelidos na escola e bla bla blá, não tinha a menor idéia do que estava por trás daquela música.
Mais tarde, tive conhecimento do movimento e dos personagens como o próprio Chico, Fred 04, DJ Dolores (Elder), o jornalista José Teles, os cineastas Lirio Ferreira e Paulo Caldas do Baile Perfumado, o resistente e falante Ariano Suassuna, que conservador, intolerante ao "americanismo" (Ainda muito forte na década de 90) não admitia a aterrissagem dessas inflencias na zona da mata dos maracatús pernambucanos, dentre outros.
É tão admirável o impacto, a injessão em altas doses de auto-estima que esse movimento trouxe a Recife, ao estado de Pernambuco e até ao Nordeste, que não resta dúvida sobre a sua consistência e vitalidade mesmo depois da morte súbida de Chico, que se foi a outras galáxias a mais de uma década. Chico plantou uma semente de baobá, como aqueles da praça da República aqui em Recife (Ou do pequeno planeta do principezinho) . Há de continuar a crescer, se enraizar e subir o mais alto que puder.
Nossa reverência Chico!

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