sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Bootleg'10 - Coletânea Organizada pelo Blog Outros Criticos


Pra finalizar o ano com chave de ouro, compartilho com vocês essa coletânea da qual faço parte com a música JUNTANDO MIL PEDAÇOS DE AMOR DILACERADO.
A idéia do site é reunir faixas não utilizadas pelos artistas em seus discos, músicas inéditas ou gravações caseiras, etc.
No meu caso, enviei uma música que, apesar de eu gostar muito, acabou ficando de fora do meu EP, do repertório do show e inclusive nem está totalmente finalizada... Enfim, segui à risca e peguei uma no fundo do baú.
Eis que ela ressurge!

Bootleg'10 - Coletânea Organizada por Outros Criticos

domingo, 19 de dezembro de 2010

CD Perfume e Carícias

Ontem recebi pelos correios, uma cópia do CD Perfume e Carícias, do qual faço parte como compositor de uma das faixas (Segredos) numa linda parceria com a cantora e amiga Eloisia, uma das cantoras da banda francesa Nouvelle Vague.
Meeco, compositor e produtor do projeto e Eloisa me presentearam com o convite para fazer parte desse projeto tão bacana, tão bonito e apaixonante, além de me colocarem musicalmente nas mãos dos músicos legendários do Jazz, Kenny Barron, Buster Williams, Eddie Henderson, James Moody e Vincent Herring.
Uma felicidade muito grande pra mim, queria dividir com vocês!
Beijos e abraços.
Ze

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Dulce Quental

Dulce Quental, numa de suas ultimas entrevistas citou e fez elogios ao meu trabalho.
Fiquei, claro, super lisongeado!
Quero falar sobre Dulce aqui no blog, mas com calma.
Ela foi uma das minhas (re) descobertas desse ano!
Ontem (09/12) ela fez um show em Belém do Pará. Na entrevista, ela conta um pouco sobre as espectativas para esse show, fala da carreira e dos planos para 2011.





Dulce Quental: beleza revisitada

Longe de Belém há 19 anos, cantora sobe ao palco do Margarida Schivasappa nesta quinta-feira

Por Mariano Klautau Filho, colaborador da Ecleteca

Edição: Amanda Aguiar

A cantora e compositora Dulce Quental (foto) é uma das artistas mais originais da nossa música pop. Em 85, juntou Cazuza, João Donato, Branco Melo dos Titãs, Jorge e Waly Salomão, entre outros, na conceituação sonora do seu primeiro solo: .Délica. Surpreendeu ao escrever letras e melodias tão belas - Bossa do Bayard é irretocável - e mais ainda ao cantar com um timbre muito particular. Uma voz quente, macia, solar, que ligava o charme bossanovista a letras mais alinhadas com o pop. No imaginário das canções, parece que assistimos a filmes, lemos ótimos livros, viajamos sempre. Em 87, o segundo disco, Voz Azul veio mais apurado, tanto no rock como no blues. A canção perfeita, letra e música suas é Não Atirem no Pianista, referências a Truffaut e Van Gogh e muitas outras maravilhas. Misturou Celso Fonseca, Ciro Pessoa e Herbert Viana. Sempre à frente, com muito charme e pegada pop.

No terceiro disco, em 88, gravou Arnaldo Antunes, Itamar Assumpção, Arrigo Barnabé e Cazuza. A sofisticação tanto nas letras como nas melodias não impediu a aproximação com o público - construiu sucessos autênticos como Natureza Humana, Caleidoscópio e Onde Mora o Amor. No auge, sumiu do mercado fonográfico, compôs muito com Frejat, entre outros parceiros. Decidiu traçar uma carreira independente, lançou uma coletânea em 2001 e gravou um belo trabalho em 2004, Beleza Roubada, e agora retorna a Belém depois de um longo tempo. Tive a oportunidade de vê-la no Rio em 2005, unindo Chico Buarque a Cibelle. Dulce Quental está cada vez melhor. Surpreendente em sua mistura tão precisa, em sua música tão envolvente. Trocamos por e-mail algumas ideias sobre a passagem do tempo, o interesse pela nova geração e sua vontade sempre renovada de fazer música. Não percam seu show nesta quinta no Teatro Margarida Schivasappa, do Centur.

O CD "Beleza Roubada", de 2004, marcou a sua retomada no mercado fonográfico após uma interrupção de 16 anos. Ele será a base do seu show em Belém?

Apesar de Beleza Roubada ser o meu último trabalho, optei, ao pensar no repertório do show, por escolher canções das várias fases da minha carreira. Por dois motivos: nem todo mundo conhece o Beleza Roubada e também por se tratar de um disco todo gravado com eletrônica, o que exige uma formação muito específica que funciona bem para algumas canções e não para outras. Pelas inúmeras tentativas que fiz, ao tentar transpor a sonoridade do disco, cheguei à conclusão de que o formato acústico, costurando tudo sob uma concepção mais natural funciona melhor para apresentações ao vivo.

Esse tempo todo fora do mercado fonográfico não interrompeu sua produção e nem afetou o seu conceito de fazer música, entre o pop e a sofisticação melódica e poética. Como você conseguiu manter um estilo sonoro tão atual em meio a tantas mudanças na cultura, na mídia e na música popular ocorridas dos anos 80 até hoje?

Eu acho que priorizando o processo e a busca, em vez do resultado. Fazendo da busca e da pesquisa pessoal um objetivo maior do que o sucesso e o mercado. O auto conhecimento, o prazer pelo conhecimento e o desafio de superação das limitações é o objetivo maior. Isso, é claro, trouxe e traz um sacrifício enorme, pois nem todo mundo reconhece esse esforço ou identifica essas qualidades como importantes - já que o objetivo da maioria dos artistas é ser famoso, ganhar muito dinheiro, ter muito sucesso e muitas vezes o público e a mídia só reconhecem quem alcança esses patamares. Mas eu aprendi a viver sem isso e a valorizar as "pequenas" conquistas. Isso porque descobri que o meu tesão é pelo conhecimento. A minha trajetória é singular. O que desejo é aprender sempre mais, inclusive com os novos. Por isso estou sempre recomeçando. Sempre junto de quem está no início. Para aprender com eles e me renovar. Sou uma espécie de Vampiro Lestat.

Você passou a se dedicar mais à composição nos últimos tempos. O cinema, a literatura e a filosofia estão muito presentes na sua música. Como você se dedica a esses universos e como eles são filtrados para dentro da canção popular? De onde vêm tantas imagens?

Eu diria que hoje o material vem de dois lugares: da experiência pessoal e da filosofia. Antes vinha muito do cinema, mas nos últimos anos mergulhei muito na filosofia. Tento então juntar o coração com o pensamento. Melhor diria, dar corpo ao pensamento conectado ao coração. O grande desafio é transpor ideias complexas para a linguagem da musica sem que fique uma coisa dura, cerebral. Gosto da ideia de colocar ideias e conteúdo nas canções. É pretensioso, mas eu gosto desse desafio.

Como se dá o diálogo com os parceiros?

No momento, trabalho com dois jovens compositores, sou encantada pelo trabalho dos dois. Um é de Recife. Outro de Cuiabá. Conheci os dois no Festival de Ponta Grossa, Paraná, onde fui jurada. Com Zé Manoel, de Recife, trabalho de uma maneira. Ele é o maior compositor com quem tive o privilégio de trabalhar. Uma mistura de Jobim, Caymmi com voz de João Gilberto. Fizemos duas músicas. Eu sempre colocando a letra sobre as suas melodias - que são belíssimas. Não poderia ser de outra forma, pois ao contrário seria prendê-lo numa camisa de força. Mas nas letras pro Zé não dá pra pesar na mão. Vai mais no sentimento poético. Já com o Paulo Monarco, de Cuiabá, funciona ao contrário. Como ele é mais pop, dei uma letra e ele musicou. Aí peguei pesado. A letra que enviei pra ele é bem cabeça. Diria que os dois representam no momento os meus dois lados: o clássico bossanovista e a pegada rock and roll/pop.

Com Zé Manoel e Paulo Monarco você tem um projeto chamado Conatus Coletivos. Que projeto é esse?

O Conatus Coletivos é uma maneira de intensificar o nosso intercambio. A ideia é viajarmos ano que vem, juntos, num show coletivo em que cada um mostra seu trabalho e interage coletivamente. Vamos ver se conseguimos. Estamos abertos a propostas.

Quais são as sonoridades e as referências que constituem a Dulce Quental de hoje? O que mudou de lá para cá?

Eu tenho até vergonha de falar, mas eu não escuto música. O mundo já é tão barulhento que eu procuro escutar a musica que vem de dentro. E é claro, coisas como jovens artistas que o acaso me leva a encontrar como é o caso do Zé Manoel que foi a coisa que mais escutei esse ano.

A letra de "Délica" (música-título do primeiro disco) já falava, em 1985, de um tempo muito veloz - que se vive intensamente hoje, nos anos 2000. Como é a convivência com seu público na era da internet? Quem é o seu público hoje?

A internet trouxe a possibilidade de proximidade com o público. Hoje tenho alguns amigos com quem mantenho contato e isso me alimenta bastante, pois eu sou uma artista fora dos esquemões comerciais. Uma artista independente. Essas relações me ajudam a resistir e a não desistir da música. Talvez eu já tivesse parado se não fossem meus amigos virtuais. Mas meu público está muito pulverizado. Eu não saberia dizer qual a ordem de grandeza dele. É pequeno mais fiel. Parte importante dele vou reencontrar aí em Belém. Vai ser muito emocionante voltar à cidade 19 anos depois.

FONTE: http://www.ecleteca.com.br/beta/lernoticia.php?idnoticia=412

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Cascatinha e Inhana

Dizer o que desses dois?
Sinceramente me faltam palavras.
Muita gente me pergunta o que tenho ouvido.
Ultimamente, eles tem tomado conta dos meus dias.